Concerto de primeiro mundo, com entrada franca, promovido pelo Coro Sinfonico Comunitário da Unb e Orquestra Sinfônica, também da Unb, regido pelo talentoso maestro David Junker na Sala Villa- Lobos do Teatro Nacional..Sinto-me à vontade para falar do concerto porque tive a oportunidade da participar, alguns anos atrás, do respectivo coro sinfônico, e conheço a seriedade do trabalho extraordinário realizado pelo talentoso regente.
São momentos como esse que nos falam do quanto podemos produzir, no Brasil, o amor pela estética e aplaudir a qualidade dos virtuosísimos solistas e o coro de 400 vozes que incorporaram o sentimento da melodia medieval alemã de Carl Off.. Como o proprio compositor diria Carmina Burana foi a celebração do triunfo do espirito humano pelo balanço holístico sexual.
Já conhecia a obra, entretanto, fiquei extasiada com a riqueza de intrumentos e as variações de vozes e timbres, em especial do barítono que interpretou a música com tanto sentimento. Perscrutei silenciosamente a face e pensei - será que ele vai segurar ? Revisitei o paraiso em cada nota, suspirei na agonia da técnica.Foi um espetáculo sedutor que encantou a todos .
1.O Fortuna
O fortuna
Ó fortuna
velut luna
és como a lua
statu variabilis
mutável,
semper crecis
sempre aumentas
aut decrecis.
e diminuis (...)
3.Veris leta facies
Veris leta facies
A alegre face da primavera
mundo propinatur,
Volta-se para o mundo
hiemalis acies
o rigoroso inverno
victar iam fugatur,
já foge vencido
in vestitu vario
com sua colorida vestimenta
flora principatur,
flora preside
nemorum dulcisono
docemente a floresta
que cantu celebratur. Ah !
em cantos celebra.
Estuans interius
Queimando por dentro.
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