Ultimamente, com a proximidade do nosso retorno ao Brasil, tenho pensando em todas as coisas fantásticas que deixarei aqui, nesse pais de clima instável e de experiências enrriquecedoras e marcantes.
Foi difícil deixar o Brasil dois anos atrás. Cheguei trazendo uma pesada bagagem: esperanças e um coração despedaçado de lembranças dos amigos, da família, do trabalho, de angustias, de medo. Dois anos se passaram e mais uma vez me preparo espiritualmente para partir. Ainda não estou pronta para voltar a minha "velha vida" de "Brasil de contrastes".
Agora vejo com nitidez quase cega o quanto amo esse pais que me acolheu devagarinho, sem pressa, e agora ocupa um extensão quase igual a do Brasil em minha alma. Como é difícil deixar a casa de escadas brancas; meu jardim; dormir com a porta da casa e do carro abertas; conversar com as senhoras idosas nas ruas, na parada de ônibus, na estaçao de trem.
Poder sair a noite sem medo de ser assaltada. Observar pessoas felizes andando pelas calçadas partilhando vidas. Acho que terei saudade até do parque da escola e do ambiente surreal de alguns momentos.
De simplesmente ir ao deck do jardim e conversar com a vizinha levando minha xícara de chá ou café a tiracolo. Das guloseimas que minha vizinha "psica" trazia; dos chocolates surpresas na caixa de correio para as crianças ao fim do dia; dos incontáveis chás a tarde com a meninada a minha volta falando pelos cotovelos;ou de simplesmente, nos dias de verão, sair e ficar com o rosto de frente pro sol como quem não quer nada...
Saudades dos balões coloridos subindo no céu, das casas em estilo georgiano, das eternas ladeiras,das flores que nascem sem o menor esforço, simplesmente pra florir....
Da forma cuidadosa de se respeitar o outro, de se falar baixinho sempre. De ir ao parque brincar de gangorra, balanço e escorrega sem se sentir estranha.De andar pelo canal e alimentar os peixes.De olhar pela janela e ver aquele tapete verde sem fim, colinas e casas ao longe.
Das aventuras de carro perdida a procura de algum parque desconhecido; das ruas estreitas ao se dirigir: do aceno de mãos ao se dar passagem sempre; da vendinha da esquina;das cartas;de olhar o "weather channel "religiosamente antes de sair.E, ainda que a previsão falhe, não se importar em ficar molhada ou suja de mud, porque assim é a vida...
Saudades dos preciosos amigos. Das festas brasileiras; jantar á luz de velas sempre; musica brasileira da melhor qualidade sem estar no Brasil; do Peter tocando trompete no meu aniversário; da generosidade, amizade, troca e cumplicidade da minha amiga e confidente Carla. Uma luz nos meus dias de escuridão. Das comidas preparadas pelo Ben; dos churrascos incontáveis nos nossos jardins...das cavas...do carinho... do amor de tanta gente que agora faz parte da minha vida.Da doçura do Thomas; cabelos e olhos do Billie; origami do Jake. O que dizer da Verônica meu deus! uma alma única. Saudades das nossas caminhadas matinais, das nossas conversas sobre o Brasil, da sua presteza e forca de mãe e mulher. Saudades da Érica. Uma pessoa suave e amiga, sempre procurando algo pra fazermos juntas com as crianças; apaixonada pelo clima tropical do Brasil.
Saudades, dos incontáveis picnics em dias de sol como também das botas e capa de chuvas. Saudades da coleta seletiva de lixo, de reciclar e reutilizar sempre...da preocupação e responsabilidade ambiental.
Como é difícil voltar...começar de novo...É quase como reaprender a andar novamente.Preciso voltar, mas não direi adeus. Levo o Reino Unido em meu coração.
Foi difícil deixar o Brasil dois anos atrás. Cheguei trazendo uma pesada bagagem: esperanças e um coração despedaçado de lembranças dos amigos, da família, do trabalho, de angustias, de medo. Dois anos se passaram e mais uma vez me preparo espiritualmente para partir. Ainda não estou pronta para voltar a minha "velha vida" de "Brasil de contrastes".
Agora vejo com nitidez quase cega o quanto amo esse pais que me acolheu devagarinho, sem pressa, e agora ocupa um extensão quase igual a do Brasil em minha alma. Como é difícil deixar a casa de escadas brancas; meu jardim; dormir com a porta da casa e do carro abertas; conversar com as senhoras idosas nas ruas, na parada de ônibus, na estaçao de trem.
Poder sair a noite sem medo de ser assaltada. Observar pessoas felizes andando pelas calçadas partilhando vidas. Acho que terei saudade até do parque da escola e do ambiente surreal de alguns momentos.
De simplesmente ir ao deck do jardim e conversar com a vizinha levando minha xícara de chá ou café a tiracolo. Das guloseimas que minha vizinha "psica" trazia; dos chocolates surpresas na caixa de correio para as crianças ao fim do dia; dos incontáveis chás a tarde com a meninada a minha volta falando pelos cotovelos;ou de simplesmente, nos dias de verão, sair e ficar com o rosto de frente pro sol como quem não quer nada...
Saudades dos balões coloridos subindo no céu, das casas em estilo georgiano, das eternas ladeiras,das flores que nascem sem o menor esforço, simplesmente pra florir....
Da forma cuidadosa de se respeitar o outro, de se falar baixinho sempre. De ir ao parque brincar de gangorra, balanço e escorrega sem se sentir estranha.De andar pelo canal e alimentar os peixes.De olhar pela janela e ver aquele tapete verde sem fim, colinas e casas ao longe.
Das aventuras de carro perdida a procura de algum parque desconhecido; das ruas estreitas ao se dirigir: do aceno de mãos ao se dar passagem sempre; da vendinha da esquina;das cartas;de olhar o "weather channel "religiosamente antes de sair.E, ainda que a previsão falhe, não se importar em ficar molhada ou suja de mud, porque assim é a vida...
Saudades dos preciosos amigos. Das festas brasileiras; jantar á luz de velas sempre; musica brasileira da melhor qualidade sem estar no Brasil; do Peter tocando trompete no meu aniversário; da generosidade, amizade, troca e cumplicidade da minha amiga e confidente Carla. Uma luz nos meus dias de escuridão. Das comidas preparadas pelo Ben; dos churrascos incontáveis nos nossos jardins...das cavas...do carinho... do amor de tanta gente que agora faz parte da minha vida.Da doçura do Thomas; cabelos e olhos do Billie; origami do Jake. O que dizer da Verônica meu deus! uma alma única. Saudades das nossas caminhadas matinais, das nossas conversas sobre o Brasil, da sua presteza e forca de mãe e mulher. Saudades da Érica. Uma pessoa suave e amiga, sempre procurando algo pra fazermos juntas com as crianças; apaixonada pelo clima tropical do Brasil.
Saudades, dos incontáveis picnics em dias de sol como também das botas e capa de chuvas. Saudades da coleta seletiva de lixo, de reciclar e reutilizar sempre...da preocupação e responsabilidade ambiental.
Como é difícil voltar...começar de novo...É quase como reaprender a andar novamente.Preciso voltar, mas não direi adeus. Levo o Reino Unido em meu coração.
