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Licao -1

"A única lição que pan pode ensinar a wendy é aprender a voar. A única lição que wendy pode ensinar a pan é aprender a lembrar".


Seres encantados !


26 de jun. de 2011

O meu adeus.



Disse tantas vezes, a mim mesma, que não escreveria sobre esse momento.
Algumas coisas conseguimos guardar.
Outras simplesmente extravasam..

Ainda acredito que dar nome aos machucados é uma forma de reelaborar nossas dores.
A limpeza do que incomoda é algo contraditório porque possibilita processos distintos.
Um através do ordenamento das palavras e outro pela eloquencia do silencio e recolhimento.

Como é que a gente faz de conta que não aconteceu o vivido ?
Como é que a gente esquece o bater de asas dos passarinhos  na janela do  quarto ???
Como esquecer a melodia do amanhecer ???
A sombra da àrvore em cachos ...
Alguém pode me dizer ???..
Alguém pode me dizer como é que a gente contém sentimento ???
Desconfio, que ainda que soubesse, recusaria descobrir  a  sinalização.
Porque sei a medida exata do meu lugar no mundo.
Existir, sentir...

A teimosia não é algo que carregue à tiracolo...
O que acontece, não é resistência ao novo..
É uma tentativa constante de resignificar  sonhos perdidos...
E isso não diz respeito apenas à frustrações...
Mas ao que ficou perdido pelo caminho....
É disso que falo..
É desse sentimento que não tenho a escuta, muito menos a acústica necessária para reverberar junto a ti.

Hoje,...sentada à margem da piscina chorei ...
Toquei a agua aquecida na tentativa de aquietar o coração que desaguava rumo ao oceano...
Agradeci estar sozinha..era o meu momento...com você
Também foi  um reencontro comigo.
E do que sobrou dessa história..

O calor do sol, na manhã fria, foi um carinho...
Precisava capturar o que um dia foi nosso...
Hoje,..já não mais sei o que temos..
O que trago  é a sensação de rupturas...desfiliação...

Não cantarei a cerimônia da despedida.
Também não invocarei um mantra do adeus.
Quando se aproximar o crespúsculo,..
Regarei as plantas do jardim inacabado.
E recolherei as esperanças junto ao coração.

Olhar para trás não me transformaria numa pedra de sal.
Apenas diminuiria o aperto que estrangula a fala.

Algum tempo, quando falar de você, espero não  reviver a melancolia.
Peço que  a minha voz reflita a serenidade da minha alma.
E a força do recomeço em orvalhos...











19 de jun. de 2011

Revisitando a carta : "Minha Amada Imortal"




Vivendo no  limite do impossível.
Invento letras.
Desagrego palavras.
Recorro à cartas..
Pensando na solidão de não compartilhar sentimentos,  tantos, do(s) esquecido(s)...
Viajo no tempo para encontrá-lo...
Revisito  ruas, prédios e  paisagens.
Puro instinto de ouvir histórias  vivas.
Tentativa de compreender minha própria história..

Poderia ficar no conforto do travesseiro, hoje, quase mudo. Tamanha fora a minha disciplina diária em silenciá-lo.Mas o ar rarefeito, da superfície,  impulsiona-me a seguir adiante. E na viagem do eterno retorno, penso em todas as portas que poderiam ser abertas.Penso em todas as janelas milimetricamente vedadas...Penso no barulho das cortinas fechadas pelas tuas mãos...E no quanto o espaço começa a ficar pequeno para tanto que há em mim.

"Meu anjo, meu tudo, meu próprio ser!
 Podemos mudar o fato de que és inteiramente minha e eu inteiramente teu?
 Fica calma, que só contemplando nossa existência com olhos atentos e tranqüilos podemos atingir
 nosso objetivo de viver juntos.
 Continua a me amar, não duvida nunca do fidelíssimo coração de teu amado L.
 Eternamente teu, eternamente minha, eternamente nossos."

                                                            Beethoven.


Memórias Inventadas: TERRA DO NUNCA




Porque algumas coisas na vida nos trazem de volta ao lugar de pertencimento.
Compartilho,  o encantamento de palavras de um poeta e também viajante.
Compartilho a emoção de saber da tua escuta em memórias tecidas em poesia.
Falo do afago de palavras.
Das tuas.


Meus agradecimentos  a memórias inventada : http://niestro.blogspot.com/



"Localizada depois da falta de memória.
Ela cruzava fronteiras com o fim.
Vigiada pelos insetos.O seu chão habitava no ar.

Visitas eram constantes de pessoas que a esquecesse.
Seus vilarejos tinham a mesma idade de Deus.

Um poeta voltava sempre a cidade.Seu tempo era esquecer.
Tinha em tudo, o nada das coisas.

Nesta cidade, moravam pessoas
 que não conseguiam nascer."


homenagem ao blog 'terra do nunca'





                                               memórias inventadas: TERRA DO NUNCA

12 de jun. de 2011

Dia Treze





Há um lugar de pertencimento único a ti.
Esse lugar, imaginário, cruzou as fronteiras da realidade vivida.
Talvez em parte justifique o silêncio prolongado das palavras.

Aprendi, uma regra básica de sobrevivência.
Permanecer no indefinido dos sentimentos para camuflar o nome da palavra que impele aos lábios.
Tenho medo que o conceito do que seja para mim, morra antes de existir em tua boca.

Falo do desejo ...em 13 de junho...




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