Afago o lençol com as palavras tecidas pelo tempo.
Refaço o dia em fragmentos.
Recorto o entardecer.
E quando falta o ar, trago instintivamente as mãos ao peito.
Recorto o entardecer.
E quando falta o ar, trago instintivamente as mãos ao peito.
Tentativa de fortalecer minha resistência quase perdida.
Todas as manhãs reatualizo as esperanças do esquecimento.
Feito bóia de salva vidas no meio de uma termpestade atemporal.
Boicoto, deliberadamente, os vestígios da memória viva ao prosseguir mar adentro.
Todas as manhãs,dissipo-me por entre nuvens na tentativa de fazer-me intocável as tuas mãos.
Evoco uma repetição de mantras a cada pequeno passo, em cada abraço.
E exerço, simultaneamente, uma parte da minha herança recorrente autoritária de exorcismo
Todas as noites, faço do meu travesseiro uma ãncora de pensamentos.
É pelo ímpeto do indizível que torno-me invisível a ti.
Boa noite, querido (...)
Um comentário:
O travesseiro é o degrau da cama para os sonhos.
beijo
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